
Assim como H.G Wells em seu romance escrito em 1895, A Máquina do Tempo, proponho uma viagem ao mundo dos Dinossauros – que em grego significa “lagarto terrível” – mais especificamente para os últimos momentos desses seres que chegavam a 20 metros de altura.

Por volta de 66 milhões de anos atrás, um asteroide com dimensões gigantescas atinge o nosso planeta e varre esses temíveis seres da face da Terra, onde qualquer animal com dimensões superiores à de um cão, estaria fadado à morte.
Mas como isso aconteceu? Como um grupo animal que dominou a Terra por aproximadamente 167 milhões de anos desaparece como um estalar de dedos do Thanos?
Na verdade, não foi um estalar, mas uma longa noite que durou dois anos, pois a partir do momento do impacto, uma sequencia de eventos catastróficos, como uma cortina de fumaça por exemplo, tomou a atmosfera e impediu que o sol brilhasse, ou seja, sem luz e sem calor não existem plantas e sem plantas não há comida.
O Fim se Aproxima
A maioria dos animais eram herbívoros que comiam toneladas por dia e não tinham mais o que comer.
Predadores carnívoros, como o terrível Tiranossauro Rex, não tinham quem comer e toda uma cadeia alimentar se desintegra.
Tudo isso ocorre por causa de um asteroide com diâmetro de 10 a 15 km que atinge a península de Yucatan, no Golfo do México (Detalhe, tais asteroides podem chegar até 900 km de diâmetro).

Um ponto importante e que deve ser lembrado, é que o nosso satélite amigo, a Lua, evitou muitos desses choques e carrega inúmeras cicatrizes, ou melhor crateras ,desses impactos, que podem variar sua visita em nossa atmosfera entre 500 mil à 10 milhões de anos.
Os asteroides se assemelham a bombas atômicas, só que cósmicas, isto é, são trilhões de toneladas de rochas viajando a uma velocidade que pode variar e chegar de 7200km/h, uma bola incandescente com uma temperatura de 19.500 graus Célsius.
A física explica: F=m.a, em outras palavras, massa vezes velocidade é igual a força, logo, o estrago este feito e uma cadência de eventos se inicia.
O Impacto
Em primeiro lugar, tudo que estava a um raio de 800 quilômetros por hora (km/h) do impacto morre assado vivo, as águas rasas do México evaporam instantaneamente e 333.000 quilômetros cúbicos (km³) da crosta terrestre explodem, sugando cada gota d’água da vegetação existente, e isso tudo, em apenas 5 segundos após o choque com a Terra.

Uma onda de choque com a velocidade do som dissolve a pele e joga para o ar animais com 20 toneladas como se fossem simples bonecos.
Abalos sísmicos e vulcões são despertados. O asteroide se funde com o planeta.
Areia e rochas com tamanho de prédios são lançadas para cima, e uma chuva de fogo com 70 milhões de toneladas destroem tudo que veem pela frente a uma velocidade de 160 quilômetros por hora (km/h) a e até o momento, só se passaram 1 minuto e 48 segundos da colisão inicial.
O planeta está em choque, se passaram 44 minutos e terremotos, tsunamis com 90 metros de altura alcançam a Mongólia e a temperatura do globo chega aos 90 graus Celsius. ( ºC)
Uma nuvem de poeira e vidro se forma, tempestades de areia e sulfeto de hidrogênio poluem o ar, paralisando e sufocando as vítimas, era dado início a longa noite que durou 2 anos, onde 75% do que era vivo estava morto.
Era o fim dos dinossauros.
O Grande Fim dos Dinossauros
O que restou foi uma cratera que mede aproximadamente 180 quilômetros (km) de diâmetro, uma distância que pode ser comparada a viagem que parte da capital de São Paulo até a cidade de Piracicaba.
Em um mundo repleto de gigantes e répteis predadores, essa era a hora e a vez da minoria mamífera, frágeis criaturas, que até então, estavam fadadas a sombra emergirem para a dominância.
A ascensão dos mamíferos significa também a do homem dentro de uma escala de periodização.
Mas e se esse asteroide caísse hoje? O que aconteceria? Quem emergiria?
Os dinossauros dominaram o planeta por 167 milhões de anos e já se passaram 66 milhões desde a queda dos grandes lagartos.
A espécie humana já possui mais de 300 mil anos de existência e asteroides atingem a Terra entre 500 mil a 10 milhões de anos, algo que nos leva a questionar:
Quanto tempo ainda temos?
O que podemos fazer diferente antes que um grande mal assole a humanidade e a humanidade que existe em nós?
Para saber mais:
Youtube:
Chicxulub – cratera na península de Yucatán: Chicxulub – Chicxulub – cratera na península de Yucatán: dimensões, origem, história de descoberta (erch2014.com)